Os sistemas operacionais Chrome e Android, do Google, continuarão sendo produtos separados, mas a sobreposição entre eles pode aumentar, disse Eric Schmidt, presidente do conselho da companhia, uma semana depois que as duas divisões passaram a responder a um mesmo executivo.
Na semana passada, o Google anunciou que Andy Rubin, o arquiteto do Android – o sistema operacional para aparelhos móveis mais distribuído do mundo – assumiria uma nova posição ainda não definida e que Sundar Pichai, o responsável pelo navegador Chrome e aplicativos como o Google Drive e o Gmail, assumiria as responsabilidades de Rubin.
Schmidt, que foi presidente-executivo do Google entre 2001 e 2011, está falando mais sobre assuntos de tecnologia e questões mundiais, e visitou a Índia como parte de uma passagem por diversos países asiáticos com o objetivo de promover o acesso à internet.
Depois de deixar a capital indiana, ele está visitando Mianmar, vista como o último território virgem para os negócios da companhia na Ásia. Em janeiro, ele foi à Coreia do Norte, afirmando que se tratava de uma viagem pessoal na qual conversaria sobre uma internet livre e aberta.
Apenas cerca de um décimo do 1,2 bilhão de moradores da Índia têm acesso à internet, ainda que essa situação esteja mudando rapidamente devido ao crescimento dos computadores de baixo custo e à disponibilidade de smartphones mais baratos.
Schmidt apelou para que a Índia esclareça uma lei que define os chamados "intermediários", a exemplo do Google ou Facebook, como responsáveis pelo conteúdo que usuários publicam na web.
Em 2011, a Índia aprovou uma lei que obriga as companhias de mídia social a remover diversas formas de conteúdo censurável quando solicitadas a fazê-lo, uma medida criticada por grupos de defesa dos direitos humanos e por empresas.
Schmidt também declarou que os boatos de que poderia estar deixando o Google são "completamente falsos", em resposta a uma pergunta sobre se sua decisão de vender 42% das ações que detinha na empresa era um sinal de que sairia. "O Google é meu lar", afirmou, acrescentando que não planeja aceitar um cargo governamental.
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Computação onipresente
Um tema popular nas histórias de ficção científica que se passam no futuro é a computação onipresente. Nesse futuro, os computadores se tornam tão pequenos e dominantes que estarão em praticamente tudo. Você deve ter sensores computadorizados no chão que podem monitorar sua saúde física. Computadores em seu carro que podem ajudá-lo quando você dirige para o trabalho. E computadores praticamente em tudo rastreiam cada movimento seu.
É uma visão do futuro que é tanto estimulante quanto assustadora. Por um lado, as redes de computador se tornariam tão robustas que teríamos sempre uma conexão rápida e confiável com a Internet. Você poderia se comunicar com qualquer pessoa que quisesse, onde quer que estivesse e sem se preocupar com interrupções no serviço. Mas por outro lado, também tornaria possível às corporações, governos e outras organizações reunir informação sobre você e observá-lo onde quer que você fosse.
Vimos passos em direção à computação onipresente ao longo da última década. Projetos de WiFi municipal e tecnologias 4G como LTE e WiMAX estenderam a computação em rede para além do mundo das máquinas cabeadas. Você pode comprar um smartphone e acessar petabytes de informação na World Wide Web em uma questão de segundos. Sensores nos semáforos e dispositivos biométricos podem detectar nossa presença. Pode não levar muito tempo até que quase tudo com que entremos em contato tenha um computador ou sensor dentro dele.
Também devemos ver transformações massivas na tecnologia de interface com o usuário. Atualmente, a maioria dos computadores se baseia em interfaces de input físico, como mouse, teclado, track pad ou outra superfície na qual entramos com comandos. Há também programas de computador que podem reconhecer sua voz ou rastrear os movimentos dos seus olhos para executar comandos. Cientistas da computação e neurologistas estão trabalhando em várias interfaces cérebro-computador que permitirão às pessoas manipular computadores usando apenas seus pensamentos. Quem sabe? Os computadores do futuro podem reagir perfeitamente aos nossos desejos.
Extrapolar para cem anos é difícil. O progresso tecnológico não é necessariamente linear ou logarítmico. Podemos experimentar décadas de progresso seguidas por um período no qual faremos muito pouco avanço enquanto lutamos contra barreiras imprevistas. Por outro lado, de acordo com alguns futuristas, pode não haver diferença significativa entre computadores e humanos dentro de cem anos. Nesse mundo, seremos transformados em uma nova espécie que pode se auto-melhorar a um ritmo inimaginável para nós nas nossas formas atuais. O que quer que seja que o futuro nos reserva, é uma aposta segura assumir que as máquinas em que nos basearemos serão muito diferentes dos computadores de hoje.
21/03/2013 10h03 - Atualizado em 21/03/2013 20h39